O chamado golpe da mão fantasma tem repercutido nos últimos dias e é preciso tomar cuidado para não se tornar a próxima vítima. Aprenda a evitar que bandidos invadam seu telefone com acesso remoto.
Criado 26/08/22
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A Secretaria de Defesa Social comparou o número de golpes aplicados online no primeiro semestre do ano passado e no mesmo período deste ano. Segundo a análise, só no estado de Pernambuco, houve um aumento de 237% nos casos de fraudes cibernéticas desde então. Enquanto isso, a Polícia Federal estima que 40 mil pessoas já tenham sido enganadas com o novo golpe da mão fantasma.
As redes sociais são as plataformas em que os golpistas circulam com mais frequência. Muitas vezes se aproveitam da ingenuidade do alvo para se passar por empresas renomadas e assim convencer a vítima. Essa prática é comparada à pesca, já que o criminoso lança uma isca para conseguir acesso aos dados do alvo. Por conta disso, golpes assim são chamados de phishing, uma junção dos termos inglês phreaks (os primeiros cibercriminosos) e fishing (pescaria).
De acordo com as autoridades, os criminosos conseguem enganar as vítimas para gerenciar seu aparelho telefônico em tempo real. Em geral, a vítima recebe um contato de supostas agências bancárias alertando a necessidade de fazer uma atualização de segurança.
As ligações simulam gravações de central telefônica dizendo que houve movimentações estranhas na conta bancária, compras suspeitas ou tentativas de invasão. Dessa forma, acabam convencendo a vítima de que é necessário uma atualização para melhorar a segurança do aparelho. Já as mensagens costumam ter links para o download de aplicativos que, segundo o contato, protegem contra novas invasões.
Todavia, essas informações são falsas e os aplicativos sugeridos não evitam o acesso. Pelo contrário, são o canal pelo qual os bandidos conseguem controlar o aparelho em tempo real. Assim, acessam os aplicativos de bancos e realizam transferências, pagamentos de boletos e até empréstimos em nome da vítima.
O golpe é chamado de mão fantasma, porque o celular deixa de responder o comando do proprietário e parece funcionar sozinho. Ou seja, os aplicativos são abertos sem que o dono encoste na tela. Até agora, a Polícia Federal estima que cerca de 40 mil pessoas já tenham sido vítimas dessa fraude no Brasil.
Em nosso post sobre fraudes cibernéticas já apresentamos algumas dicas para você se proteger desse tipo de golpe. Mesmo assim, não custa reforçar algumas medidas de segurança que você pode adotar a partir de agora.
Primeiramente, você deve saber que os bancos nunca entram em contato solicitando a instalação de aplicativos. Igualmente, não enviam links para seus clientes sem solicitação. Ainda assim, se tiver dúvida, você pode entrar em contato com o banco pelo telefone informado no verso do cartão. Também é válido ir até a agência e falar diretamente com seu gerente.
Em geral, você não deve instalar aplicativos de origem desconhecida ou fontes não oficiais. Do mesmo modo, quando se trata de aplicativos bancários, é importante instalar somente os que constam na loja do sistema operacional. Por exemplo, Google Play Store ou Apple Store. Sobretudo, evite baixar qualquer arquivo recebido por mensagens instantâneas, SMS, WhatsApp ou emails.
Os aplicativos oficiais dos bancos já são seguros o suficiente, cada um deles tem seu próprio sistema antifraude. Via de regra, não há registros de violações de segurança registrados, sendo assim não é necessária a instalação de aplicativos extras. Caso queira aumentar a segurança do seu aparelho, você pode optar por antivírus da própria loja do sistema operacional.
Sempre utilize a autenticação de dois fatores para autorizar transações. Além disso, siga a recomendação de alterar as senhas regularmente. Por fim, crie senhas fortes, não compartilhe com terceiros e nem anote em lugares de fácil acesso.
Caso já tenha sido vítima de qualquer fraude financeira, procure uma delegacia especializada em crimes digitais e registre um boletim de ocorrência. Também é válido alertar as pessoas próximas para evitar que através da sua identidade os golpistas façam novas vítimas.
Solução Financeira – CNPJ: 23.847.868/0001-27