INADIMPLÊNCIA

Entenda como as dívidas podem afetar a sua saúde mental

Não podemos falar de Setembro Amarelo sem falar da relação entre dívidas e saúde mental. Afinal, as finanças são uma das maiores preocupações dos brasileiros e afetam diretamente o emocional de cada um.

Atualizado em 06/09/22         

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homem com bolsos vazios e cofre de porquinho caído

O impacto psicológico das finanças

Não é segredo que o acúmulo de dívidas tem grande impacto em diversos aspectos da vida, principalmente na saúde mental. Na verdade, a mente e o corpo pagam um alto preço pelo descontrole sobre as finanças. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) alerta que os consumidores inadimplentes têm mais chances de sofrer com instabilidades emocionais. Ou seja, insegurança, estresse, angústia, desânimo e baixa autoestima. Inclusive podendo evoluir para um quadro mais grave e que precise de cuidados médicos, como a depressão.

Sinais de que está com o emocional abalado

A princípio, a insônia é o sintoma mais fácil de detectar, porém prestando atenção é possível notar perda de apetite e irritabilidade. As alterações de humor passam pela sensação de desânimo, medo e tristeza. Além disso, se ver endividado pode trazer o sentimento de vergonha, culpa, arrependimento e até afetar a autoestima. Também podemos apontar uma ligação direta com a hipertensão e problemas cardiovasculares por conta do estresse.

Riscos ao bem-estar e integridade física

Apesar de não podermos afirmar que os problemas financeiros estão diretamente ligados ao suicídio, as estatísticas levam à essa conclusão. Estudos da OMS indicam que 80% dos suicídios ocorrem em países com baixa ou média renda. Além disso, a maior ocorrência de suicídios no mundo foi em 2009, pouco depois da crise econômica de 2008 que afetou diversos países.

O que explica essa relação se não o medo e incertezas causadas por problemas econômicos? Por essa razão, a prevenção ao suicídio deve passar pela análise às condições financeiras da população em geral. Projetos de educação financeira são de grande ajuda nos países menos desenvolvidos para a manutenção da saúde mental.

Como minimizar o impacto das dívidas na saúde mental

Com essas dicas simples, você melhora sua relação com o dinheiro e passa a lidar melhor com seus problemas financeiros.

Tenha um panorama geral das dívidas

Ignorar a existência das dívidas não faz com que elas desapareçam e ainda pioram a situação. Os juros continuam incidindo sobre o valor devido e os débitos só aumentam, tornando ainda mais difícil de pagar. Anote cada dívida e trace um plano para quitar cada uma delas, mesmo que aos poucos.

Observe as taxas de juros

O plano de quitar suas dívidas deve partir da análise das taxas que incidem sobre cada uma delas. Nesse caso, existem duas estratégias para ordenar os pagamentos, veja qual se encaixa melhor na sua realidade. Uma delas é chamada Avalanche, onde você começa a pagar suas contas pela que tiver a maior taxa de juros, dedicando o máximo de renda que puder para quitar uma por vez.

O outro método é chamado Bola de Neve, onde você ordena as dívidas por valor. Apesar de continuar pagando o mínimo de cada conta, dedica boa parte da renda para cobrir a dívida de menor valor. Esse formato garante resultados visíveis mais rapidamente, o que pode dar uma sensação maior de progresso e ajudar na estabilidade emocional.

Reconheça resultados positivos

Nessa perspectiva, qualquer passo dado em direção ao objetivo é uma vitória. Se você tem muitas dívidas diferentes, não se prenda ao tanto que falta pagar, mas comemore a cada conta que quitar. Ao ver os débitos sendo quitados um a um, os sentimentos de impotência e medo são substituídos pela satisfação do dever cumprido.

Desenvolva a resiliência

É preciso entender que os planos são de longo prazo e que novas dificuldades podem surgir nesse meio tempo. Entretanto, ao olhar por outra perspectiva você pode se sentir mais motivado a continuar se esforçando. Mude sua forma de encarar o problema, ao invés de se preocupar com o todo, faça um pouco de cada vez e reconheça sua evolução.

Pratique exercícios físicos

Existem diversos estudos de como praticar atividades físicas são benéficas para o corpo e a mente. Até mesmo caminhadas ao ar livre podem ajudar no controle emocional e criar disciplina em diferentes áreas da vida. Isso porque o estresse ocasiona alterações hormonais em nossos cérebros que podem ser equilibradas com os hormônios liberados durante a atividade física.

Procure ajuda profissional

Em alguns casos pode ser ainda mais difícil mudar sua forma de pensar por conta própria. Principalmente quando o nível de estresse já desencadeou um quadro depressivo. Por isso, procurar um profissional da área é uma atitude valiosa. Por exemplo, psicólogos e psiquiatras trazem, cada um à sua maneira, métodos qualificados para ajudar na sua organização mental. Mas também é válido procurar profissionais que te orientem financeiramente, como as empresas especialistas em negociação bancária.

A origem das dívidas

Estudiosos dividem as pessoas endividadas em três grupos de acordo com o motivo pelo qual se tornam inadimplentes: passivos, ativos e sobreendividados. Observando esses grupos, podemos perceber que muitas vezes, estar com o emocional abalado pode ser a causa da dívida, não apenas a consequência. Entenda:

Os passivos:

Nesse caso, são as pessoas que se tornaram inadimplentes por conta de fatores externos como desemprego, problemas de saúde ou acidentes que exigiram tratamentos caros. Sendo assim, o endividamento seria consequência desse acontecimento inesperado. Por essa razão, a criação de uma reserva de emergência é tão importante, já que é uma precaução para esses eventos.

Os ativos:

Esse é o grupo cujos problemas financeiros estão mais relacionados a problemas emocionais. Em geral, são pessoas consumistas que estão sempre adquirindo novos bens e serviços, pagando prestações e acabam estourando o orçamento. Não raro, esse consumo em excesso é uma fuga psicológica, onde a pessoa tende a gastar para compensar algo que lhe faz falta inconscientemente. Nesses casos, a ajuda de um psicólogo é fundamental para aprender a ter um comportamento financeiro mais consciente.

Os sobreendividados:

O último grupo abrange aqueles que utilizam ou utilizaram empréstimos para cobrir as dívidas e acabaram transformando suas contas em uma bola de neve. Assim, essas pessoas acabam duplicando suas dívidas ao invés de eliminá-las. Contrair um empréstimo para quitar dívidas não é recomendado, já que os bancos costumam cobrar maiores taxas de juros para inadimplentes, leia mais nesse texto. Porém sabemos que tal alternativa pode ser uma medida atrativa para quem se desespera ao se ver endividado. Por isso, o cuidado com a saúde mental deve ser feito antes e depois de estar em dívida.

O equilíbrio entre o bolso e a mente

Com esse texto deu para perceber que a relação entre dívidas e saúde mental vai além da relação causa e consequência. Na verdade, está mais para um ciclo vicioso onde um agrava o outro. É imprescindível estar alinhado aos próprios objetivos, traçar planos e fazer reservas de emergências para evitar o endividamento. Porém se ainda assim as dívidas se acumularem, não se pode ignorar a necessidade de ajuda profissional.

Setembro Amarelo, dívidas e saúde mental

Quando a saúde mental não vai bem, outros aspectos da vida são afetados na mesma proporção. Por exemplo, o rendimento no trabalho, as relações interpessoais, o apetite, o sono, a autoestima etc. Durante o mês de Setembro a saúde mental entra em pauta com diversas campanhas de autocuidado e conscientização.

Os cuidados com o psicológico precisam ser levados a sério, muitas vezes é literalmente um caso de vida ou morte. Por isso, a Solução Financeira aproveita esse momento para reforçar a importância da informação para evitar descontroles emocionais e financeiros. No nosso blog você encontra vários posts relevantes para você cuidar cada vez melhor do seu dinheiro. Além disso, estamos prontos para negociar suas dívidas bancárias ou financiamento e te ajudar a retomar o controle das suas finanças. Cuide-se e esperamos você no próximo post!

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